domingo, 1 de julho de 2012

HÁ 17 ANOS IA AO AR O ULTIMO CAPITULO DO REMAKE “IRMÃOS CORAGEM”


No dia 01 de Julho de 1995, a Globo exibia o ultimo capitulo da novela “Irmãos Coragem” no horário das 18 horas, com autoria de Marcilio Morais, Antonio Mercado e Margareth Boury, a trama foi um remake do folhetim de Janete Claier exibida em 1970, protagonizada por Marcos Palmeira, Marcos Winter e Ilya São Paulo.
Confira o enredo da trama:
A luta pela liberdade e contra a opressão é o eixo deste folhetim que conta a história dos irmãos Coragem - João, Jerônimo e Duda. Na fictícia cidade de Coroado, João encontra um enorme diamante. Por causa disso, os três irmãos passam a ser perseguidos pelo poderoso coronel Pedro Barros, dono de quase todos os garimpos da região.
João e a filha do coronel, Lara, vivem uma intensa paixão. A moça tem múltipla personalidade. A tímida e recatada Lara se alterna com a sensual Diana e com Márcia, uma mulher equilibrada. Isso acaba por confundir João, que se sente atraído pelas três. O ódio de Pedro Barros pelos irmãos cresce quando ele descobre a relação entre sua filha e João, que decide pegar em armas na luta contra a autoridade do coronel.
Jerônimo, por sua vez, encontra no movimento político de oposição uma saída para dar fim aos desmandos de Pedro Barros. Embora viva um amor proibido pela irmã de criação, a índia Potira, ele se liga a Lídia Siqueira, filha de um político local. Na segunda versão, o destino de Jerônimo e Potira foi alterado. Em vez de morrerem em um tiroteio, como na primeira versão, eles conseguem fugir ao pular em um rio. Como estão feridos, são dados como mortos, mas seus corpos não são encontrados. Sinhana diz ter sonhado com o casal em um veleiro em alto-mar, deixando abertura para o público interpretar que eles possam ter sobrevivido.
O terceiro irmão, Duda, deixa a cidade de Coroado para fazer fama como jogador de futebol na cidade grande. Depois, de volta a cidade reencontra-se com Ritinha, que sempre foi apaixonada pelo jovem, acambam-se por se envolver, a tensão entre eles cresce quando a moça engravida e os pais do jovem obrigam-o a casar com a jovem. De volta a cidade grande e a rápida ascensão do craque leva-o a se ligar à exuberante Paula e deixar para trás seu verdadeiro amor.

       Confira as curiosidades:
  • Ao contrário de várias cidades cenográficas que são "destruídas" após o término da novela, a cidade de "Coroado" permanece intacta. Mesmo após passados 15 anos da exibição da novela, a cidade cenográfica criada no distrito de Curralinho em Diamantina, conserva vários itens da cidade. Interessante, que nem mesmo o tempo conseguiu acabar com a cenografia. Hoje, quem visita o distrito de Curralinho, tem a sensação de estar dentro da novela e ainda, de imaginar os personagens passando por aqueles locais. Monumetos como a estátua de Pedro Barros, a Prefeitura de Coroado e a delegacia (ambas com a placa na parte de fora), o mercado municipal, a igreja… Tudo isso está preservado. Hoje, ao passar pela frente da igreja, temos a visão do último capítulo da novela, quando João Coragem (Marcos Palmeira) destrói o diamante. Ou então, vendo a entrada do município de Curralinho, lembramos das cenas em que o ônibus ao som da música "Paisagem na Janela" de Elba Ramalho chegava na cidade de Coroado.
  • Exibida entre 2 de janeiro e 1º de julho de 1995 em 155 capítulos.
  • No primeiro capítulo, Duda (Marcos Winter), como jogador do Flamengo, marcava um gol contra o Palmeiras. Para dar maior veracidade a sequência, participaram dela o goleiro Velloso, o lateral esquerdo Roberto Carlos e os volantes Amaral e Flávio Conceição, que na época defendiam o time do Parque Antárctica.
  • Um dos maiores destaques da novela foi o ator Murilo Benício, que interpretou Juca Cipó, portador de deficiência mental. Para compor seu personagem, ele picou as sobrancelhas e cortou o cabelo rente à cabeça. Foi um sucesso de público e crítica. Na primeira versão da novela, Juca Cipó foi vivido por Emiliano Queiroz.
  • Patrícia Pillar e Tarcísio Filho foram cotados para viverem Maria de Lara e João Coragem.
  • Felipe Camargo foi um dos nomes cogitados para viver João Coragem, mas devidos a uns problemas um ano antes que o afastou da novela "Pátria Minha", outro nome teve que ser pensado.
  • No remake, alguns filhos de atores ocuparam os papéis que haviam sido dos pais em 1970. Mauricio Gonçalves, por exemplo, é Braz, vivido originalmente por Milton Gonçalves. Gabriela Duarte faz Ritinha, personagem de sua mãe, Regina Duarte, na trama original.
  • Para homenagear os atores da primeira versão, o diretor Luiz Fernando Carvalho, convidou-os para fazer pontas no remake, contracenando com os personagens que interpretaram em 1970. Regina Duarte, por exemplo, aparece ao lado de Ritinha (Gabriela Duarte). Cláudio Cavalcanti é um motorista de ônibus que leva Jerônimo (Ilya São Paulo) para o Rio de Janeiro.
  • Gabriela Duarte soltava a voz em umas das músicas da trilha sonora da novela, Alecrim Dourado, tema da sua personagem, Ritinha.
  • Na segunda versão, a personagem Potira morreu sem que estivesse grávida, devido a ser uma cena forte para a novela das seis. Diferente da primeira versão, que além de ser uma novela das oito, ela estava grávida ao morrer.
  • Cláudio Marzo, que no remake, viveu o coronel Pedro Barros, interpretou Duda na versão original de Janete Clair.
  • Suzana Faini, que na regravação viveu Dalva, na versão original interpretou Cema.
  • Milton Gonçalves e Zilka Salaberry, que fizeram a versão original, também deram o ar da graça na Coroado dos anos 90.
  • A novela contou com um cassino, construído por Mário Monteiro, com 500m².
  • Tanto produção de arte, quanto figurinos e cenários, espelhavam a forte presença do barroco mineiro na estética da novela, que teve externas gravadas em garimpos de Diamantina (MG), em Sapucaia, (RJ) e na cidade do Rio de Janeiro.
  • A casa do Personagem Pedro Barros, vivido por Cláudio Marzo, não era cenário. A Globo alugou por seis meses a Fazenda Lordello, localizada entre Jamapará (Distrito de Sapucaia/RJ) e Além Paraíba/MG que serviu de externas e algumas locações internas. Para isso, o jardim externo da sede da fazenda centenária foi recuperado e nele fora construído um lago, que existe até hoje. A cena em que a casa de Pedro Barros pega fogo foi gravada em estúdio no Rio de Janeiro, já que na fazenda se tornaria inviável, pois poderia danificar o casarão construído no início do século XIX. Para rodar a sequencia foi reproduzido um dos cômodos da sede da fazenda. Na época das gravações, os carros eram restritos à circulação nos jardins, como são até hoje, para não estragar o calçamento feito por escravos na época do Império.
  • O diretor-geral Luiz Fernando Carvalho, cuja saída já estava prevista desde o início de Irmãos Coragem para dedicar-se a O Rei do Gado, em 1996, preparou Mauro Mendonça Filho para substituí-lo, no entanto, foi Reynaldo Boury quem deu continuidade ao trabalho. Com a mudança de direção, adotou-se uma narrativa mais acelerada, que, mesmo assim, não salvou a trama do fiasco.
  • Com a direção de Reynaldo Boury, as cenas internas das casas ganharam mais luminosidade, diferente da direção de Luis Ferndo Carvalho, cujas casas tinham uma luminosidade mais baixa, expressando uma originalidade rural.
  • Em Portugal, Irmãos Coragem foi líder de audiência. A novela também foi vendida para Bolívia, Chile, Costa Rica, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

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